
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Sétimo Herói, de João de Aguiar

O Sétimo Herói, de João de Aguiar
domingo, 14 de fevereiro de 2010
CONCURSO NACIONAL DE LEITURA
Lista de obras para Leitura – 2ª. fase
No âmbito do Concurso Nacional de Leitura, somos a informar que o júri do Distrito de Lisboa, da 2ª fase do certame, que terá lugar no Concelho de Sintra, seleccionou, para leitura, os seguintes livros:
3º. Ciclo
1- “O Sétimo Herói” – João Aguiar
2- “O Visconde cortado ao meio” – Ítalo Calvino
( devem de ser lidas as 2 obras)
Secundário
1 – “As Memórias de Branca Dias” – Miguel Real
2 – “O Carteiro de Pablo Neruda” – António Skármeta
( devem de ser lidas as 2 obras)
Critérios do júri para a escolha dos livros:
- Adequadas ao ciclo escolar
- Um autor português
Informamos ainda, que a prova escrita, com duração de 1h30m + 30m de tolerância, realizar-se-á em Sintra, durante a semana de 12 a 17 de Abril em data, local e hora a comunicar posteriormente
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Rosa Lobato de Faria
Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa em Abril de 1932. Poetisa e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volume Poemas Escolhidos e Dispersos, de 1997. Em 1995, aos 63 anos, publicou o seu primeiro romance, O Pranto de Lúcifer. No entanto, afirmava que a escrita esteve presente na sua vida desde os primeiros poemas da infância. Seguiram-se-lhe Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Céu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tempo (2008).
É também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias colectâneas de contos, em Portugal e no estrangeiro. O seu romance O Prenúncio das Águas foi publicado, recentemente, por Éditions Métailié. É também conhecida do grande público como actriz de televisão e cinema. Escreveu ainda dezenas de letras para músicas, muitas das quais para festivais da canção.
Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


O Destino do Capitão Blanc, de Sérgio Luís de Carvalho
Na 11ª hora do 11º dia do 11º mês do ano de 1918, a escassos minutos do fim da Primeira Guerra Mundial, tem lugar, no Nordeste de França, um dos mais estranhos e inexplicáveis massacres de todo o conflito. O capitão português Luís D'Orey Blanc é testemunha e, de algum modo, vítima desse massacre. Enviado meses antes a França pelo próprio Sidónio Pais, no que era suposto ser uma mera missão político-militar, Blanc depressa se vê envolvido numa espiral de morte, de ajuste de contas, de memórias e de arrebatadoras paixões que vão para sempre mudar a sua vida. Rigorosamente baseado em factos reais, este romance retrata a árdua vida nas trincheiras, as batalhas, as revoltas e o quotidiano dos homens em luta, bem como o sofrimento das mulheres e as esperanças perdidas de toda uma geração, entre a guerra e o amor.
Neste romance, o leitor acompanha cerca de quatro meses da vida da personagem Luís Blanc (se exceptuarmos as indicações sobre o seu passado, dadas por analepse), ocorridos entre o início de Agosto e o final de Novembro de 1918, em torno de uma missão para que o militar foi destacado na Flandres onde o Corpo Expedicionário Português (CEP) participava na guerra de trincheiras.
É curioso que o sentido de missão, bem como a história desta personagem, se vão alicerçar sobre o momento em que o CEP já perdera alguma da sua identidade.
Profundo é o que fica da experiência de guerra. E vale a pena lembrar episódios como o da destruição em Mont Sec, o da associação entre os amotinados e os “cães lazarentos”, o da morte que espera um herói vestido com a “farda principal, cheia de alamares e de dourados, de dragonas e distinções” a pouco mais de uma hora do fim da guerra ou a reflexão sobre o que ficaria do que foi aquela experiência logo que um filho perguntasse a um dos combatentes algo como “pai, o que é que fizeste na Grande Guerra?”
É o absurdo da guerra.