João Apolinário, poeta e jornalista antifascista, nasceu a 18 de Janeiro de 1924, em Sintra; faleceu em 1988, em Marvão.
Apesar de ser jurista, optou pelo jornalismo e pela poesia. Em Lisboa e depois em Paris, conviveu com intelectuais e artistas. Frequentou Artes Gráficas na Sorbonne e conheceu Sartre, Simone de Beauvoir e Jean Genet, entre outros. Foi cofundador do Teatro Experimental do Porto e secretário da Sociedade Portuguesa de Escritores, durante a presidência de Aquilino Ribeiro.
Devido à sua prática como jornalista e intelectual, às suas ideias anticolonialistas e antifascistas, foi preso e torturado. Esteve exilado no Brasil, desde 1963, por imposição da polícia política do regime. Em São Paulo, foi chefe de redação de dois jornais e fundou, juntamente com outros jornalistas, a APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Viajou pela América Latina, onde fez amizade e conviveu com grupos de intelectuais e de artistas. Regressou a Portugal em 1975.
Publicou Morse de Sangue, livro que foi memorizado numa cela em Peniche.
Outras obras do autor: O Guardador de Automóveis, Primavera de Estrelas, Apátridas, Início de uma Prática de Teatro, Amor Fazer Amor, O Poeta Descalço, Poemas Cívicos, Arte de Dizer, Eco Humus Homem Lógico.