
terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Visita de estudo à Escola Alemã de Lisboa

" No passado dia 24 de Novembro os alunos de Alemão da turma J do 11º ano, deslocaram-se numa visita de estudo à Escola Alemã de Lisboa no âmbito do " Dia Aberto da Escola Alemã e das actividades da disciplina. O grupo era constituído por sete alunos e pelas professoras Manuela Encontrão e Luisa Silva.
Fomos recebidos pela Directora do Goethe Institut de Lisboa. Uma vez que fomos dos primeiros a chegar, aproveitámos para conhecer a escola um pouco melhor.
O Director da Deutsche Schule iniciou a sessão com um discurso de boas vindas a todas as escolas presentes. Cada escola fez a sua apresentação. A nossa escola foi apresentada pelas alunas Catarina de Campos e Andreia Draque.
Durante a sessão assistimos a apresentações teatrais, coros, sketches cómicos e apresentações de ginástica artística. Nos intervalos tivemos oportunidade de provar especialidades alemãs como a famosa Apfelstrüdel e os conhecidos Lebkuchen ( feitas pelos alunos do 7º ano) e confraternizar com elementos de outras escolas.
A visita terminou num amigável jogo de voleibol entre a nossa escola e a Deutsche Schule. Finalmente regressámos a Massamá.
Gostámos muito da visita, achámos que a escola tinha óptimas condições e esperamos lá voltar brevemente."
Turma 11ºJ - Alemão
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Feira do livro
Com o objectivo de promover a literacia e uma maior interacção com os livros, a Biblioteca da nossa escola or
terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lançamento de uma edição fac-similada marca 75 anos da "Mensagem" de Fernando Pessoa
Há exactamente 75 anos, no dia 1 de Dezembro de 1934, a editora Parceria António Maria Pereira, de Lisboa, publicava o volume de poemas "Mensagem". O autor, Fernando Pessoa, tinha então 46 anos - morreria quase exactamente um ano depois, a 30 de Novembro de 1935.
Para comemorar o 75º aniversário da "Mensagem", a Guimarães lança hoje um fac-símile do dactiloscrito que Pessoa entregou nas oficinas tipográficas da Editorial Império, onde o livro foi impresso. Luís Vilaça, da Guimarães, chama-lhe "edição clonada" para acentuar que o objectivo da editora foi criar um objecto virtualmente indistinguível do original hoje conservado na Biblioteca Nacional. Desde a encadernação em tecido que Pessoa mandou fazer do dactiloscrito até à qualidade do papel, tudo foi minuciosamente reproduzido. Tal como no original, a palavra Mensagem aparece redigida a lápis, na folha de rosto, sob o título Portugal (que Pessoa só abandonou no último momento), escrito à máquina e riscado por cima.
Destituída de qualquer aparato crítico, para não prejudicar a sensação de se ter na mão o próprio caderno de Pessoa, esta edição "clonada" inclui apenas, em letra minúscula, a menção de que se trata de um fac-símile. E se não reproduz exactamente o objecto que Pessoa levou à gráfica, é apenas porque o próprio dactiloscrito inclui, actualmente, algumas indicações manuscritas por terceiros após a morte do poeta. Numa folha de guarda, pode, por exemplo, ler-se: "Comprado a Antonio Fumaça em 1.10.65. Pertencia ao espólio do Sr. Armando de Figueiredo, da Editorial Império."
A edição, com uma tiragem de 2500 exemplares, e que só estará à venda nas lojas da Guimarães e nas Fnac, será hoje lançada na Biblioteca Nacional, pelas 17h30, numa sessão que incluirá uma palestra de Eduardo Lourenço, uma leitura de poemas da "Mensagem" pelo actor Luís Lucas e um debate com Lourenço, Manuel Alegre e Vasco Graça Moura, que irão discutir, sob a moderação de Carlos Vaz Marques, o tema Pessoa e o Sonho do Supra-Camões.
A conversa promete ser interessante. Se Alegre nunca fez parte da esquerda que torce o nariz à "Mensagem", já Graça Moura distingue-se, à direita, como um dos raros intelectuais que assume não apreciar por aí além a obra de Pessoa. Numa breve antecipação do que irá defender na sessão de hoje, disse ao P2 que tenciona sugerir que "o que está por trás da Mensagem é a Lusitânia do Mário Beirão", publicada em 1917. E recorda que Beirão foi justamente um dos jurados que deu à Mensagem o prémio que o livro recebeu do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN).
Considerado hoje um dos génios literários do século XX, traduzido e estudado em todo o mundo, Pessoa era, em 1934, quando publicou a "Mensagem", um autor lido por um círculo restrito de entusiastas, ainda que o escândalo provocado pelos dois números de Orpheu, em 1915, lhe tivesse assegurado alguma notoriedade. Na verdade, já então publicara, em revistas, muitos dos seus principais poemas - quer ortónimos, quer assinados com os nomes de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos -, mas poucos os terão lido na época. E alguns dos que os leram estranharam que o criador das grandes odes modernistas de Álvaro de Campos se desse a conhecer ao grande público com uma obra que se arriscava a ser lida como estando em sintonia com a retórica do recém-instituído Estado Novo. Um dos que criticaram esta opção de Pessoa foi Casais Monteiro, a quem o poeta dá parcialmente razão, reconhecendo que o livro revelava apenas umas das suas múltiplas facetas: "Sou, de facto, um nacionalista místico e um sebastianista racional. Mas sou, à parte isso, e até em contradição com isso, muitas outras coisas."
Já a sua suposta adesão ao Estado Novo é um equívoco que Pessoa, numa carta enviada ao mesmo Casais Monteiro em Outubro de 1935, se apressa a desfazer, insurgindo-se, designadamente, contra a "censura positiva" que Salazar acabara de anunciar, precisamente na cerimónia de entrega dos prémios do SPN.
E, num artigo destinado à imprensa, mas que ficaria inédito - no qual procura demonstrar que nada opõe o autor da Mensagem ao cidadão que vinha irritando o Estado Novo com as suas posições públicas em defesa da Maçonaria -, Pessoa mostra bem o que pensa do nacionalismo de vistas estreitas: "Uma coisa, e uma só, me preocupa: que com este artigo eu contribua (...) para estorvar os reaccionários portugueses em um dos seus maiores e mais justos prazeres - o de dizer asneiras. Confio, porém, na solidez pétrea das suas cabeças e nas virtudes imanentes naquela fé firme e totalitária que dividem, em partes iguais, entre Nossa Senhora de Fátima e o Senhor D. Duarte Nuno de Bragança."
Embora o regulamento dos prémios do SPN afirmasse que as obras a concurso deviam exaltar o espírito nacionalista, é possível que não tenha sido tanto esse aspecto da Mensagem - um pouco esotérico de mais para os gostos do salazarismo - a valer-lhe o prémio. Basta pensar que o presidente do SPN, e como tal presidente do júri, era o mesmo António Ferro cujo nome figurara, 20 anos antes, no cabeçalho de Orpheu.
O regulamento destinava dois prémios a obras poéticas, sendo o primeiro, no valor de cinco mil escudos, atribuído a um livro não inferior a 100 páginas. A edição da "Mensagem" que Pessoa apresentou a concurso tem precisamente - e não será coincidência - 100 páginas numeradas, mas incluindo as que apenas ostentam títulos, subtítulos e epígrafes. O estratagema não pegou e a obra foi eliminada do concurso pelo respectivo júri, que, no entanto, terá apreciado o livro, já que usou do subterfúgio de o considerar um só poema (juízo, aliás, aceitável) para o poder premiar na segunda categoria, dotada de mil escudos e relativa a poemas soltos. Por intervenção posterior de Ferro, Pessoa acabaria por receber os mesmos cinco contos que couberam ao vencedor da categoria principal, o jovem missionário Vasco Reis, de 23 anos, que se candidatara com o livro Romaria.
Sabendo-se qual foi a posteridade da "Mensagem" e do seu autor, não deixa de ser caricato pensar que rivalizou com um livro como "Romaria". Podia até ser uma estimável obra esquecida de um autor a quem o tempo não fez justiça. Mas não é. É um drama em verso absolutamente ridículo, protagonizado, entre outros, por um ceguinho, um bolchevique e uma entrevadinha.
Vale a pena transcrever um diálogo entre estes dois últimos, que até é dos trechos menos soporíferos do livro. Grita o bolchevista, dirigindo-se ao seu "macho esquelético e lazarento": "Arre macho! up! up! vais a dormir, diabo!/ Tens vocação p"ra frade e ócios de nababo!/ Porca de vida a minha!" A entrevadinha procura aquietá-lo: "Ó filho, tem paciência!/ A Dor é sempre um bem nas mãos da Providência!..." Mas o marido não é homem que agradeça um conselho: "Caladinha, mulher! ou temos salsifré!/ Se vês que o macho arreia, então vai tu a pé...//... Um raio duma velha escanifrada e má,! A qu"rer-me converter... E esta?! Vejam lá!" Já o ceguinho, vem-se a saber, era afinal Santo António de Lisboa, e não só cura as maleitas da entrevadinha, como alcança converter o bolchevique, que, na última página, já "resplandece de luz interior".
O mais espantoso é que o júri que escolheu este pastelão incluía quatro autores respeitáveis: a novelista e dramaturga Teresa Leitão de Barros, o poeta Acácio de Paiva, o já referido Mário Beirão e, pasme-se!, Alberto Osório de Castro, poeta de inegável talento, amigo íntimo de Camilo Pessanha, apreciador de Baudelaire e Verlaine, colaborador da Centauro e de outras revistas modernistas. Poderíamos imaginar que se limitou a subscrever a escolha dos outros jurados, para não criar conflitos. Nada disso. Fez questão de deixar escrito, na sua declaração de voto, que, ao ler Romaria, tivera "a sensação que produziria a aparição de um Cesário Verde ou de um António Nobre". Acontece que este novo Nobre escrevia assim: "Com o dinheiro da ceia/ Vais comprar uma candeia./ Tem paciência, Zé Miguel!/ Antes sofrer a larica,/ Que andar sempre na botica."
Quando esse júri, há três quartos de século, pegou na "Mensagem", sem saber o que o esperava, começou por ler esta quadra, que abre o primeiro poema do livro: "A Europa jaz, posta nos cotovelos:/ De Oriente a Ocidente jaz, fitando,/ E toldam-lhe românticos cabelos/ Olhos gregos, lembrando. (...)" Compare-se com a primeira quadra de Romaria: " - Sou ceguinho de nascença/ Deus o quis e foi por bem.../ Que não vejo assim no mundo/ Tanta dor que o mundo tem..." Já o júri do SPN nem essa desculpa tinha. Nenhum deles era ceguinho.
Fonte, DN
sábado, 21 de novembro de 2009
Uma Viagem ao ano 2044

terça-feira, 17 de novembro de 2009
Tabaco mata 6 milhões em 2010
Em 2020, este número vai aumentar para sete milhões e para oito milhões em 2030. Por cá, os números apontam para cerca de 12 mil mortes por ano provocadas pelo consumo de cigarros
O tabaco pode provocar a morte a seis milhões de pessoas em todo o mundo no próximo ano, de acordo com a Sociedade Americana de Cancro. Apesar da falta de estatísticas nacionais, os últimos dados apontam para cerca de 12 mil mortes por ano em Portugal, segundo Teles Araújo, do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.
Ainda assim, "o tabaco está mais controlado devido à nova lei", reconhece Ricardo da Luz, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).
O novo atlas do tabaco apresentado pelos especialistas norte-americanos estima também que o consumo de cigarros vai provocar sete milhões de mortes em 2020 e oito milhões em 2030. Números, que para o responsável da SPO, "não são alarmistas". Pelo contrário, "são dados muito reais do impacto do tabaco na saúde", defende Ricardo da Luz.
Os cigarros são a primeira causa prevenível de cancro. Até porque, um terço dos seis milhões de mortes previstas serão devido ao cancro.
Em Portugal, pensa-se que "11% dos fumadores desenvolvem cancro do pulmão", indica Ricardo da Luz. No total, as estatísticas apontam para que 20% da população seja fumadora.
Mas o cancro não é a única causa de morte dos fumadores. Também as doenças cardiovasculares e pulmonares foram tidas em conta no estudo mundial. Por isso, o presidente da SPO lembra que "não fumar é a primeira forma de evitar doenças".
O especialista considera ainda que os fumadores estão conscientes dos problemas de saúde associados ao tabaco. Porém, "têm uma certa tendência a esquecer isso, para não pensarem que são os responsáveis pelo próprio problema de saúde", acrescenta.
Conhecido o efeito dissuasor da aplicação da lei do tabaco, Ricardo da Luz refere que "é necessário que as leis sejam mais restritivas". Aliás, "tudo o que contribua para a diminuição do consumo de tabaco é fundamental", adianta.
Fonte: Diário de Notícias (27/09/2009)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009

Foi apresentado no dia 7 de Outubro de 2009, em várias escolas secundárias do País, o livro Jovens com Saúde - Diálogo com uma Geração, coordenado por Daniel Sampaio e Margarida Gaspar de Matos, com ilustrações de Eduardo Salavisa.
Com o objectivo de ajudar a construir um diálogo entre adultos, adolescentes e jovens, Jovens com Saúde – Diálogo com uma Geração aborda vários temas na área da saúde e bem-estar, entre os quais:
a sexualidade,
a alimentação,
o desporto,
o crescimento,
o sono,
o bullying e a toxicodependência.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Afinal o muro escondia muito mais...

O fim da "grande batota" estatal imposta aos atletas
Com a queda do Muro de Berlim desmoronou-se também o doping de Estado, organizado e científico, massificado, que elevara a RDA (República Democrática Alemã) a uma das maiores potências desportivas mundiais, equiparada aos “gigantes” tradicionais, que eram os EUA (Estados Unidos da América) e a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Vinte anos depois do Outono em que o Muro foi derrubado, a força do Desporto germânico, juntando a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, não tem o “peso” da soma dos países que se juntaram na reunificação alemã, estando apenas em linha com os resultados que a RFA (República Federal Alemã) então conseguia.
Nos Jogos Olímpicos de Seul’88 - um ano antes da queda do Muro -, a RDA conquistava 102 medalhas e a RFA 40, somando ambas 142. Em Barcelona’92 a Alemanha unificada “descia” para 82 e em Pequim 2008 para 41.
Ou seja, toda a “herança desportiva” da RDA desaparecia e a “aberração” que era um pequeno país de 16 milhões de habitantes ter resultados ao nível dos maiores do Mundo passava a fazer parte da História do Desporto, sobretudo no capítulo do doping.
O “milagre” dos resultados da RDA foi construído ao mais alto nível pelo regime comunista e teve mesmo um nome de código, o Plano 14-25, envolvendo na sua execução a imensa rede da polícia política, a Stasi. Toda a estrutura política e científica trabalhou para o seu sucesso, desde meados dos anos 60 até 1989.
A ideia foi-se desenvolvendo na década de 60 - chegar aos Jogos Olímpicos de Munique’72 e derrotar a RFA, tornando os atletas verdadeiros “diplomatas de fato-de-treino” de um regime que procurava o reconhecimento mundial.
Os sucessos desses primeiros anos, nomeadamente na natação, levaram à institucionalização completa do doping na RDA, abarcando todos os atletas de elite que pudessem assegurar bons resultados internacionais, qualquer que fosse a modalidade.
Calcula-se que perto de 15 mil desportistas foram assim dopados na RDA, a maioria sem saber o que realmente estava a tomar, nem tão pouco os tremendos efeitos que isso ia provocar nos seus organismos.
No centro do programa estava a famacêutica VEB Jenapharm, de Iena, que produziu o Oral-Turinabol, o esteróide androgénico-anabólico que “revolucionou” o desporto feminino na década de 70. De aparência vulgar - simples comprimidos azuis -, era apresentado às jovens desportistas como suplemento alimentar, ou vitaminas, com a conivência dos treinadores.
Durante aproximadamente vinte anos, entre México’68 e Seul’88, o Mundo assistiu a sucessivas vitórias da RDA, tanto nos desportos colectivos como nas mais simbólicas modalidade olímpicas, como são a natação e o atletismo.
Foram 519 medalhas, das quais 192 de ouro - uma verdadeira máquina de conquistar medalhas, que cada vez mais deixava no ar a suspeição de um bem organizado esquema de dopagem.
Sabe-se agora que o mecanismo estava tão bem “oleado” que em vésperas de grandes competições era a própria RDA que testava os seus atletas, para saber quem poderia dar “positivo”. Esses, eram “convidados” a ficar em casa e apenas viajava quem estava em condições de ter testes “limpos”, numa época em que o controle era uma “pálida imagem” do que é hoje.
À medida que as “Wundermadchen”, as meninas-maravilha da natação envelheciam, a factura física apresentava-se, brutal. Esterilidade e impotência, cancro, insuficiência cardíaca ou

Algumas das campeãs da RDA foram negando terem sido vítimas desse doping de Estado, mas apareceram, em catadupa, os testemunhos, sendo o mais conhecido o de Rica Reinisch, tripla campeã olímpica.
No atletismo, o caso mais emblemático é Heidi Krieger, uma lançadora de peso a quem foram dadas doses sobre-humanas de testosterona - chegando ser-lhe administrado o dobro da quantidade do que um homem produz em 29 semanas.
Hoje, Krieger, campeã europeia dois anos antes da queda do Muro, chama-se Andreas (na foto), após mudança de sexo, e casou-se com uma antiga nadadora alemã, igualmente vítima do Plano 14-25.
E até há quem tenha conseguido retirar o seu nome da lista de recordes, como a velocista Ines Geipel, autora do livro “Jogos Perdidos”, feito a propósito das investigações públicas que foram feitas na Alemanha, já este século, e levaram à acusação do antigo ministro dos Desportos e do então director de Medicina Desportiva da RDA. Krieger, Reinisch e Geipel estão entre as 193 vítimas formalmente reconhecidas pelas autoridades alemãs. Uma pequena “gota” face ao total calculado, que será 50 vezes superior a esse número, com lesões em maior ou menor grau, tanto no corpo como na mente.
FB. Lusa
Goodbye Lenin!
Eis um fenómeno do mais recente cinema alemão, a conquistar posições (e popularidade) em vários mercados internacionais. E com todo o mérito. Isto porque «Adeus Lenine!» consegue abordar o fim do Muro de Berlim e a unificação política da Alemanha através de um ângulo tão insólito quanto envolvente. Ou seja: na Alemanha de Leste, uma militante socialista entra em coma poucos dias antes da queda do Muro; quando acorda, oito meses mais tarde, o filho, sabendo da dedicação da mãe à causa política, decide montar uma delirante encenação (de pessoas, objectos e situações) que faça com que a senhora continue a julgar que vive num país... onde nada se alterou.
Aquilo que começa por ser um dispositivo quase burlesco, acaba por evoluir para um drama irónico onde, afinal, todos testam a sua relação com a mentira. Servido por um elenco de notável qualidade (Katrin Sass é prodigiosa na composição da espantada figura da mãe), eis um filme que demonstra que há razões para acreditar num cinema europeu que, sem abdicar dos seus particularismos culturais e históricos, seja capaz de possuir um tocante apelo universal. A ter em conta: a excelente banda sonora de Yann Tiersen.
(in «DNmais», 20 Set. 2003)
domingo, 8 de novembro de 2009
Queda do muro de Berlim



O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. O evento é conhecido como a queda do muro. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.
O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controlo de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strabe, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.
Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento, e os deputados espontaneamente cantaram o hino nacional da Alemanha.
Estima-se que na RDA 75 000 pessoas foram acusadas de serem desertores da república. Desertar da república era um crime que, segundo o artigo 213 do código penal da RDA, era punido até 2 anos de prisão.
COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO
A segunda potência mundial, a URSS enfrentou, nos anos 80 um conjunto de problemas de difícil solução. A governação de Brejnev provocara uma estagnação económica e deixara por explorar grande parte dos recursos da União Soviética. Os bens eram escassos e não satisfaziam a procura.
O investimento do estado soviético incidia no campo militar, sector essencial no contexto da Guerra Fria e deixava ao abandono uma indústria cada vez mais obsoleta.
Nos anos 80 perante o desmoronamento iminente da URSS, Mikhail Gorbatchev tentou evitar o colapso do regime comunista, procurando um entendimento com os Estados Unidos, diminuindo as perseguições políticas e modernizando o arcaico sector económico. Estava aberto o caminho para a queda do muro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Colapso bolsista de 1929
Há 80 anos o mundo viveu o início da maior Depressão mundial do capitalismo moderno em tempo de paz, excluindo, por isso, a Grande Depressão de 1945 e 1946. Wall Street era sacudida durante onze dias por uma derrocada financeira que se iniciaria num sábado, a 19 de Outubro, e se arrastaria por mais 149 dias de negociação só terminando a 8 de Julho de 1932, com uma quebra de capitalização bolsista de quase 90%.
A riqueza mundial cairia nos três anos seguintes ao crash de Outubro de 1929 mais de 6% ao ano e o comércio internacional sofreria os maiores recuos de sempre da história da globalização capitalista depois da Revolução Industrial – em média, de 1930 a 1932, caiu quase 1/3 ao ano.
DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

O Dia Mundial da Terceira Idade
O Dia Mundial da Terceira Idade foi proclamado pelas Nações Unidas como forma de chamar a atenção do Mundo para a situação financeira, social e afectiva em que se vive nessa faixa etária.
Um estudo realizado pela Deco concluiu que cerca de 40 mil idosos passam forme em Portugal devido a dificuldades económicas e ao elevado preço dos alimentos.
O estudo publicado na edição de Novembro da revista Proteste, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), foi realizado junto de cerca de 3500 portugueses com idades entre os 65 e os 79 anos e concluiu que 76 por cento dos inquiridos têm hábitos alimentares pouco saudáveis e que a «difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come: mais de um quinto dos inquiridos indicou ter dificuldades..
As conclusões revelam que grande parte dos idosos tem maus hábitos alimentares, sendo que na sua dieta alimentar faltam legumes, fruta e peixe, 70 por cento dos inquiridos exagera no consumo de doces, chá, café e álcool
De acordo com o inquérito é no Norte e no Alentejo que os idosos têm uma alimentação mais deficiente.
Como se Morre de Velhice
Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.
Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.
Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.
Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.
(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)
Cecília Meireles, in 'Poemas (1957)'
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Mais de um 1 bilião da população mundial adulta tem excesso de peso, metade da qual sendo mesmo obesa. Portugal não foge à regra: estima-se que 40% da população adulta e um terço das crianças tenham excesso de peso ou obesidade. As autoridades de saúde de todo o Mundo estão preocupadas.
É urgente unir esforços para inverter esta situação. Se não forem tomadas medidas drásticas, metade da população mundial sofrerá de obesidade em 2025.
É necessário alterar os nossos hábitos de vida, passar a fazer uma dieta apropriada e recorrer à prática regular de exercício, andar a pé e passear, dando, assim, algum descanso às consolas, aos jogos multimédia, à Net, à televisão, ao mesmo tempo que diminuímos a propensão para petiscar bolos, bolachas ou batatas fritas. Desta forma, contribuiremos para a diminuição dos riscos de doenças associadas a colesterol, glicemia e tensão elevados.