segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Aldous Huxley e Admirável Mundo Novo

 


Aldous Huxley (1894-1963) é um escritor visionário e um dos mais astutos guias nos meandros do futuro da civilização. Romancista, crítico e ensaísta, autor de uma vasta obra, corria-lhe nas veias um profundo interesse pela ciência, que se reflectiria na sua obra mais famosa, Admirável Mundo Novo. Estudou Literatura em Oxford, depois de ter contraído uma grave infeção ocular na adolescência, e foi professor de Eric Arthur Blair (George Orwell), em Eton. Repartiu a sua vida entre a Itália, a França e os EUA, país que o perturbou pela sua mescla de hedonismo e de puritanismo. De satirista social e figura próxima do Grupo de Bloomsbury, nos anos 20, às suas experiências com a mescalina e o LSD, nos anos 40 e 50, e à viragem para o pacifismo e para o misticismo, reinventou-se continuamente e é hoje tido por um dos maiores escritores do século XX.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos

 


Assinalam-se, este mês; os 75 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a 10 de dezembro 1948.

Esta declaração foi assinada em Paris e  surgiu no decurso da II Guerra Mundial (1939-1945).

No final da década de 1940, Eleanor Roosevelt passa a presidir à nova Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Extremamente dinâmica a, agora viúva do presidente Franklin Roosevelt, era uma acérrima, e sincera, defensora dos direitos humanos. A nova Comissão apresentou uma proposta de documento, que foi aceite e convertida na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Eleanor Roosevelt a ela se referir-se ia como a Carta Magna internacional para toda a Humanidade.

No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o desprezo pelos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem… Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”

Os direitos humanos são direitos que temos simplesmente porque existimos como seres humanos, ou seja, não são concedidos por nenhum Estado. Estes direitos universais são inerentes a todos nós, independentemente da nacionalidade, sexo, origem nacional ou étnica, cor, religião, língua, ou qualquer outro estatuto. Além disso, são também inalienáveis, o que significa que não podem ser retirados (exceto em situações específicas e de acordo com os devidos processos) e indivisíveis.

Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1948, é um documento marcante na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de várias regiões do mundo, estabeleceu, pela primeira vez, os direitos humanos fundamentais a serem universalmente protegidos. Os seus 30 artigos fornecem os princípios e os alicerces das atuais e futuras convenções, tratados e outros instrumentos jurídicos no que toca à defesa dos direitos humanos.



No final da década de 1940, Eleanor Roosevelt passa a presidir à nova Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas. Extremamente dinâmica a, agora viúva do presidente Franklin Roosevelt, era uma acérrima, e sincera, defensora dos direitos humanos. A nova Comissão apresentou uma proposta de documento, que foi aceite e convertida na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Eleanor Roosevelt a ela se referir-se ia como a Carta Magna internacional para toda a Humanidade.

No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o desprezo pelos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem… Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”

Assim, os Estados Membros das Nações Unidas comprometeram–se a trabalhar uns com os outros para promover os trinta artigos de direitos humanos que, pela primeira vez na história, tinham sido reunidos e codificados num único documento. O valor humanista do seu enunciado faz com que seja o documento mais traduzido em todo o mundo, cerca de 550 línguas. Enunciado inspirador de muitas lutas tem contribuído para o avanço significativo pelo respeito dos Direitos Humanos a nível mundial. A DUDH permanece um importante instrumento catalisador do progresso, seja em relação aos direitos das mulheres, dos homens, das crianças, dos/das jovens, dos povos indígenas e também na promoção da abolição da pena de morte em muitos países, entre muitos outros exemplos.

Contudo, face aos desafios e ameaças que teimam em persistir, o assinalar desta data também deve apresentar-se como um alerta para a necessidade permanente de proteger e promover os Direitos Humanos e manter viva a Declaração.

Ao estabelecer os princípios básicos de dignidade humana, liberdade, igualdade e não discriminação, que são a base de uma sociedade democrática e respeitadora dos Direitos Humanos é de toda a relevância que revisitemos os seus 30 princípios.

 

 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Júlio Dinis



 Júlio Dinis (1839-1871) foi um escritor e médico português, um dos mais importantes ficcionistas românticos de Portugal. A sua obra representou uma verdadeira análise da sociedade burguesa da segunda metade do século XIX. As suas obras inovaram em algum aspeto a prosa do Romantismo.

As suas obras principais são os romances As Pupilas do Senhor Reitor, A Morgadinha dos Canaviais, Os Fidalgos da Casa Mourisca e Uma Família Inglesa.

Júlio Dinis, pseudónimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu em Porto, Portugal, no dia 14 de novembro de 1839. Neto de ingleses foi educado sob os moldes da burguesia britânica, da qual assimilou os costumes e valores.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Miúdos a votos




Miúdos a votos 2023-2024

Está a decorrer mais uma edição da iniciativa " Miúdos a votos - Quais os livros mais fixes", destinada a alunos dos vários ciclos de ensino que promove a leitura e a cidadania.

Os alunos são chamados a participar em todas as fases desde a escolha dos títulos até á festa  final!

Participa!

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Mês das Bibliotecas Escolares

 




23 de outubro – Dia da Biblioteca Escolar

Tema de 2023 pela IASL – Biblioteca escolar: o meu lugar preferido para criar e imaginar


Em outubro celebra-se o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual, criada pela International Association of School Librarianship (IASL), com o objetivo de destacar o papel fundamental das bibliotecas escolares no ecossistema educativo. 
Em Portugal, o Dia da Biblioteca Escolar comemora-se na quarta segunda-feira do mês de outubro que, em 2023, corresponde ao dia 23 de outubro.
O tema do MIBE 2023 da IASL é Biblioteca escolar: o meu lugar preferido para criar e imaginar. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Tchekhov e "As 3 irmãs"

 


Anton Tchékov nasceu em Taganrog, no sul da Rússia, no dia 29 de janeiro de 1860, filho de um comerciante. A sua família mudou-se para Moscovo em 1876 devido à falência do pai, mas Anton permanece na sua cidade natal para terminar o liceu. Assim, só três anos mais tarde se juntou à família em Moscovo, onde se matricula na faculdade de Medicina. Para ajudar financeiramente a família, Tchékhov faz pequenos trabalhos jornalísticos e as primeiras tentativas literárias. Termina os estudos de Medicina em 1884 e começa a exercer nos arredores de Moscovo.

A sua primeira narrativa é publicada num jornal humorístico em 1880, desencadeando uma intensa colaboração de Anton com diversas publicações. Os seus primeiros textos dramáticos datam do final da década de 1880.
No ano de 1892 compra uma casa no campo, em Mélikhovo, para onde se muda com a família. Três anos mais tarde visita Tolstoi, cujas ideias irão exercer uma forte influência e um grande fascínio sobre Tchékhov.
Por motivos de doença, muda-se para Ialta, em Crimée. É no final da sua vida que escreve as três peças que o consagram como grande dramaturgo: "A Gaivota" em 1896, "As Três Irmãs" em 1900 e "O Cerejal" em 1903. Em 1904 parte para a Alemanha com a atriz Olga Knipper, com quem casara em 1901, morrendo no mês de julho em Badenweiler, na Floresta Negra. Hoje é reconhecido como um dos maiores escritores russos.




As Três Irmãs” conta a história dos irmãos Olga, Maria, Irina e Andrei que, nascidos e educados em Moscou, todos com personalidades fortes e distintas, tiveram que acompanhar o pai militar de carreira para uma pequena cidade provinciana, mas nunca se adaptaram à vida naquele lugar e as três rmãs, sobretudo, sonham em voltar um dia para a capital.

O que parece ser um futuro promissor no primeiro ato, porém, vai se transformar, no decorrer da peça, em uma sucessão de frustrações.





terça-feira, 26 de setembro de 2023

Centenário do nascimento de Natália Correia

 


Assinala-se este mês o centenário do nascimento da escritora, jornalista e deputada Natália Correia.

Natália de Oliveira Correia nasceu na Fajã de Baixo, na Ilha de São Miguel, Açores, no dia 13 de setembro de 1923. Faleceu a 16 de março de 1993, em Lisboa.

Deputada à Assembleia da República, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. É a autora da letra do Hino dos Açores.

A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio. Colaborou com frequência em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Durante as décadas de 1950 e 1960, na sua casa reunia-se uma das mais vibrantes tertúlias de Lisboa, onde compareciam as mais destacadas figuras das artes, das letras e da política (oposicionista) portuguesas e também internacionais. A partir de 1971, essas reuniões passaram a ter lugar no bar Botequim, no bairro da Graça em Lisboa. Ficou conhecida pela sua personalidade livre de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se reflete na sua escrita. A sua obra está traduzida em várias línguas.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

dia europeu das Línguas

 




O Dia Europeu das Línguas celebra-se, anualmente, a 26 de setembro. Foi instituído no Ano Europeu das Línguas de 2001, por iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia.

Este dia tem como objetivo a celebração do património linguístico e da diversidade cultural comuns ao continente europeu. Na Europa existem mais de 225 línguas faladas e a maior parte das línguas europeias emprega o alfabeto latino e algumas línguas eslavas utilizam o alfabeto cirílico. O arménio, o georgiano, o grego e o yiddish têm o seu próprio alfabeto.

As competências linguísticas são essenciais para garantir a equidade e a integração. Na atual conjuntura de crescente mobilidade, globalização da economia e tendências económicas em constante mudança, é mais óbvia do que nunca a necessidade de aprender línguas e desenvolver uma competência plurilingue e intercultural.




terça-feira, 6 de junho de 2023

Dia Mundial do Ambiente - 5 de junho

No  âmbito do Dia Mundial do Ambiente apresentamos os posters digitais elaborados por alunos do 11ºA na disciplina de Inglês, com recurso à ferramenta digital Canva .










sexta-feira, 26 de maio de 2023

Interculturalidade - Exposição de trabalhos da disciplina de Filosofia

 Esteve patente na biblioteca desde o final de maio uma exposição de trabalhos de alunos de Filosofia do 10º e 11º anos no âmbito dos temas " Interculturalidade" e " Religião".






quinta-feira, 27 de abril de 2023

Concurso Nacional de Leitura - Fase Intermunicipal









Realizou-se no passado dia 20 de abril, a fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura que decorreu no Colégio Militar em Lisboa. Participaram nesta fase os três alunos do Agrupamento de Escolas de Massamá apurados na fase municipal: Vicente Fernandes, do 1º ciclo da Escola Básica da Xutaria, Matilde Marques, do 3º ciclo e Daniela Sampaio, do Ensino Secundário, ambas da Escola Secundária Stuart Carvalhais.

Parabéns aos nossos participantes.

segunda-feira, 27 de março de 2023

" Miúdos a votos" - Resultados ( escola)

 

Miúdos a votos - 2023

Os livros mais fixes

Realizou-se no passado dia 23 de março, a eleição dos livros mais fixes 2022-2023, envolvendo alunos do 7º, 8º, 9º 10º, 11º e 12º anos.

votação esteve assegurada por alunas do 9ºD e do 8ºC e pelo aluno Pedro Silva do 11ºA que participaram na eleição como membros da mesa de voto, em rotatividade, garantindo a liberdade dos votantes. Nas mesas estiveram colocadas urnas de voto, para cada ciclo, onde os alunos colocaram os seus votos.

Obrigada a todos os elementos pela colaboração e sentido de responsabilidade.

Parabéns a todos os participantes!

Os resultados foram os seguintes: 3º ciclo - votaram 146 alunos; ensino secundário - votaram 35 alunos

Divulgamos os livros mais votados pelos eleitores do 3.º Ciclo:

1.º lugar - "O Diário de Anne Frank" 

2º lugar (ex-aequo)- " Harry Potter e a Pedra Filosofal" e " Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban"

3º lugar -"Heartstopper: Rapaz Conhece Rapaz"












Divulgamos os livros mais votados pelos eleitores do ensino secundário:

1.º lugar ( ex-aequo) - "Verity" e " O Rapaz do Pijama às Riscas"

2º lugar (ex-aequo)- " Harry Potter e a Pedra Filosofal", O Principezinho" e " Um de nós mente"

  










quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Centenário de Eugénio de Andrade

 

Eugénio de Andrade ( 1923-2005)



A 19 de janeiro assinalam-se os 100 anos do nascimento de Eugénio de Andrade, poeta maior da língua portuguesa. Para homenagear o poeta, estão previstas várias iniciativas que irão decorrer ao longo do ano, como, um colóquio internacional, congressos, exposições, concertos e leituras. 

Nascido em 19 de janeiro de 1923, no Fundão, Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, morreu no Porto em 13 de junho de 2005, aos 82 anos. Foi aqui que passou mais de metade da sua vida e foi também a Invicta que inspirou muitas das suas obras.

Em 1942, já sob o pseudónimo de Eugénio de Andrade, publicou Adolescente. A sua consagração acontece mais tarde, em 1948, com a publicação de As mãos e os frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio. A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José Saramago como uma «poesia do corpo a que chega mediante uma depuração contínua».

Deixou um legado de mais de cinquenta anos de obra poética e criativa, tendo acumulado inúmeras distinções, incluindo o Prémio Camões, e publicado traduções para diversas línguas.

Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, Os amantes sem dinheiro (1950), As palavras interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria Solar (1980), Rente ao dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os lugares do lume (1998).

Em prosa, publicou Os afluentes do silêncio (1968), Rosto precário (1979) e À sombra da memória (1993), além das histórias infantis História da égua branca (1977) e Aquela nuvem e as outras (1986).



As Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?