segunda-feira, 2 de junho de 2014

Maya Angelou
 
 
A poetisa norte-americana e militante dos direitos cívicos Maya Angelou morreu a 28 de maio, aos 86 anos.
Poeta, escritora, dramaturga e atriz, Maya Angelou foi também uma figura de primeiro plano na luta pelos direitos cívicos da população negra nos Estados Unidos e próxima de Martin Luther King.
Maya Angelou, pseudónimo de Marguerite Ann Johnson, nasceu em St. Louis, Missouri a 4 de abril de 1928. Passou a infância na Califórnia, Arkansas e St. Louis e viveu com a avó paterna, Annie Henderson, durante a maior parte de sua infância. Quando tinha 8 anos, ela foi violada pelo namorado da mãe em St. Louis; isto levou-a  a anos de mudez que finalmente superou com a ajuda de uma vizinha atenciosa, e um grande amor pela literatura.
Aos 17, Maya tornou-se a primeira motorista negra de autocarros em São Francisco e tornou-se mãe solteira ao dar à luz seu primeiro filho, numa época em que isso não era comum; em anos posteriores, ela se tornou a primeira mulher negra a ser argumentista e diretora em Hollywood. Na década de 50 - quando surgiu com o pseudónimo "Maya Angelou" - ela se afirmou como atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país. Nos anos 60 Maya trabalhou durante anos para o movimento de direitos civis e viajou por África como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1970 publicou o primeiro livro, “I Know Why the Caged Bird Sings”, para grande aclamação, e foi nomeada para o Prémio Pulitzer em poesia no ano seguinte.
Angelou teve uma carreira longa e distinta. Foi poetisa, escritora, ativista de direitos civis, e historiadora, entre outras coisas. Atuou na peça de Jean Genet, "The Blacks” e na série, "Roots", vencedor de um Emmy. Angelou é provavelmente melhor conhecida pelos seus trabalhos autobiográficos que incluem “I Know Why the Caged Bird Sings”e All God’s Children Need Traveling Shoes”.
Em 1993, Angelou leu um dos seus poemas chamado "On the Pulse of Morning", na posse de Bill Clinton como presidente; este foi um dos pontos altos da sua carreira: recebeu o Grammy de melhor texto recitado pela leitura do mesmo. No final da sua carreira foi professora de história americana na Wake Forest University, Carolina do Norte, fazia excursões e dava palestras em vários lugares.