sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Virginia Woolf



(Londres, 25 de Janeiro de 1882 — Lewes, 28 de Março de 1941)
Foi uma escritora, ensaísta e editora britânica, conhecida como uma das mais proeminentes figuras do modernismo.
Virginia Woolf era filha do editor e crítico literário Leslie Stephen, o qual lhe deu uma educação esmerada. A jovem Virgínia frequentou desde cedo o mundo literário. Woolf era membro do Grupo de Bloomsbury e desempenhava um papel de significância dentro da sociedade literária londrina durante o período entreguerras. Em sua casa, onde este grupo se formou, reuniam-se regularmente personalidades como os poetas T. S. Elliot e Clive Bell, o escritor E.M. Forster entre outros artistas e intelectuais.
Casou em 1912 com o crítico literário Leonard Woolf, que viria a ser o seu companheiro de toda a vida. Com ele funda, em 1917, a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T. S. Eliot. Virginia Woolf apresentava crises depressivas.
The Voyage Out ( A Viagem), de 1915, marca o início da sua carreira de romancista, mas só dez anos depois, com Mrs Dalloway, considerado o seu primeiro grande romance modernista, chegou o reconhecimento como escritora reputada. Orlando, obra de 1928, confirmou as qualidades de Virginia Woolf. Esta obra tem um protagonista andrógino, inspirado na sua amiga Vita Sackville-West, com quem manteve uma longa relação íntima. Após obras como A Room of One's Own (Um Quarto Que Seja Seu), onde defende a independência das mulheres, The Waves (As Ondas) e The Years (Os Anos), em 1938 lançou um romance polémico, Three Guineas (Os Três Guineus), na sequência da morte de um sobrinho na Guerra Civil espanhola. Neste livro, Virginia Woolf defende que a guerra é a expressão do instinto sexual masculino.
Após terminar As Ondas, uma de suas obras mais importantes, Virginia Woolf estava exausta. Ela seguiu então para a sua casa de campo levando o livro das cartas entre os poetas Elizabeth Barrett e Robert Browning. Na leitura, percebeu a presença permanente de um cachorro, Flush; resolve então, por diversão, escrever a visão desse cachorro do mundo à sua volta. Essa obra, Flush, uma biografia, foi muito elogiada por fazer um relato minucioso sobre a época dos poetas. Ironicamente foi a obra que mais deu retorno financeiro à escritora e a mais traduzida em outros idiomas.

A 28 de março de 1941, pouco depois de ter lançado Between the Acts, Virginia Woolf suicidou-se, atirando-se a um rio com os bolsos cheios de pedras. Foi a segunda tentativa em poucos dias, interrompendo assim uma carreira marcada pela obtenção de diversos prémios literários, dos quais, contudo, só aceitou um, o Fémina, de França.

A obra de Virginia é classificada como modernista. O fluxo de consciência foi uma de suas marcas mais conhecidas e da qual é considerada uma das criadoras.
Suas reflexões sobre a arte literária - da liberdade de criação ao prazer da leitura - baseadas em obras-primas de Conrad, Defoe, Dostoievski, Jane Austen, Joyce, Montaigne, Tolstoi, Tchekov, Sterne, entre outros clássicos, foram reunidos em dois volumes publicados pela Hogarth Press em 1925 e 1932 sob o título de The Common Reader - O Leitor Comum, homenagem explícita da autora àquele que, livre de qualquer tipo de obrigação, lê para seu próprio desfrute pessoal. Uma seleta destes ensaios, reveladores da busca de Virginia Woolf por uma estética não só do texto mas de sua percepção, foi reunida em língua portuguesa em 2007 pela Graphia Editorial.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lançamento do livro "Crianças e Internet em Portugal", em véspera do Dia Europeu da Internet Segura

A investigadora Cristina Ponte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, lançou no dia 6 de fevereiro uma publicação que recolhe resultados obtidos para Portugal num inquérito europeu, no âmbito do projecto “EU Kids Online”.

Um aspeto interessante da realidade portuguesa abordado no estudo é que, não obstante a generalização (junto da população mais jovem) das iniciativas governamentais “e-escola” e “e-escolinha” como instrumentos de info-inclusão, a taxa de utilização dos computadores portáteis entre a população mais jovem permaneceu reduzida devido ao elevado custo das telecomunicações e daí Portugal ser um dos países onde os alunos mais procuram espaços com Internet gratuita (e.g. bibliotecas) para poderem elaborar os seus trabalhos. Este facto, que ganha mais peso no atual contexto económico, corrobora assim a visão estratégica da UMIC- Agência para a Sociedade do Conhecimento, I.P. para alavancar o potencial da REI (Rede de Espaços Internet) em prol das comunidades locais.

Outra conclusão pertinente resulta da análise dos riscos sexuais online a que as crianças se encontram expostas: “as crianças portuguesas vêem mais imagens de cariz sexual nas bancas dos jornais do que na Internet”.



Dia Europeu da Internet Segura

A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem transformado profundamente a maneira como as pessoas vivem – como aprendem, trabalham, ocupam os tempos livres e interagem, tanto nas relações pessoais como nas organizações.
A par de todas as oportunidades e benefícios da utilização das TIC, nomeadamente no acesso ao conhecimento, na aprendizagem, na colaboração entre pessoas e organizações, na inclusão social e na criação de riqueza, é necessário assegurar, como para qualquer outro meio de interacção, mecanismos e estratégias apropriados para a sua utilização segura.

O Dia da Internet Segura é organizado pela Insafe, (rede europeia de projetos de cooperação para a promoção da sensibilização e consciencialização para uma utilização mais segura da Internet pelos cidadãos) desde 2004, no segundo dia da segunda semana do mês de fevereiro, de forma a promover uma utilização mais responsável e segura da Internet e dos telemóveis, especialmente entre as crianças e jovens de todo o mundo.
Em 2012, o Dia da Internet Segura [Safer Internet Day -SID] assinala-se a 7 de fevereiro, terça-feira. Este ano o tema do SID é “Aproximar Gerações” através do slogan "Vamos descobrir o mundo digital em conjunto... com segurança!".


Em Portugal estas actividades são lideradas pelo Projecto Internet Segura, coordenado pela UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento , e envolvendo também a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI) e a Microsoft Portugal.

O Projecto Internet Segura resolveu estender estas comemorações ao período de 6 a 18 de Fevereiro, dinamizando-as ao longo de todo o país, e estendendo-a a vários grupos da população além de crianças e jovens, nomeadamente a seniores, pessoas com necessidades especiais e à população em geral, incluindo várias acções explicitamente destinadas a pais e educadores.

Para promover uma navegação segura, são várias as iniciativas que se vão realizar em todo o país, desde acções de sensibilização em escolas do ensino básico e secundário, até actividades em espaços de Internet para a população sénior com o objectivo de informar e sensibilizar vários grupos da população sobre como beneficiar em segurança das grandes oportunidades oferecidas pela Internet.

Participa!
Adota um comportamento correto e evita correr riscos! Informa-te. Consulta os documentos e reflete ...

http://www.seguranet.pt/semana/2012
http://www.InternetSegura.pt/
http://www.Seguranet.pt
http://LinhaAlerta.internetsegura.pt/
http://www.internetsegura.pt/pt-PT/LinhaAjuda/ContentDetail.aspx