domingo, 25 de setembro de 2011

O Intruso, de William Faulkner

A Bertrand lançou a 22 de Julho o romance O Intruso, de William Faulkner. Passado numa cidade sulista da América, O Intruso aborda os preconceitos raciais, partindo de uma situação em que um negro que se recusa a adoptar uma atitude tipicamente servil é acusado de matar um branco. Este livro é quase um romance policial e nele acompanhamos a estratégia do acusado para se livrar do seu linchamento, ajudado pelo advogado Gail Stevens, personagem recorrente nas obras do autor.

William Faulkner

William Faulkner - (New Albany, 25 de setembro de 1897 — Byhalia, 6 de julho de 1962) é considerado, ao lado de James Joyce, Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann, um dos maiores escritores do século XX. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura de 1949, o National Book Award de 1951, com o livro Collected Stories, e o de 1955 com o romance A Fábula. Foi também vencedor de dois prémios Pulitzer (A Fábula, 1955 e Os Desgarrados, 1962).
É autor de romances psicológicos e simbólicos que retratam a decadência do sul dos Estados Unidos e cujas personagens vivem situações desesperadas. Grande parte dos seus romances e narrativas são passados no condado imaginário de Yoknapatawpha (Mississipi). Para além dos temas (a morte, a violação, o roubo, etc.), o que em Faulkner importa é o olhar, o seu peculiar modo de se aproximar à realidade, que pode ser cheio de pavor, vertiginoso ou cómico. O seu objectivo é, como o dos grandes mestres, construir um conjunto que fosse testamento do seu modo de pensar. Isto, e as suas contínuas referências à realidade, fazem dele um clássico.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pablo Neruda, poeta do amor

Pablo Neruda foi um poeta chileno, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX.
Nasceu em Parral (Chile) no dia 12 de julho de 1904, como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, operário ferroviário e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha um mês de vida. Ainda adolescente adotou o pseudónimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se o seu nome legal, após ação de modificação do nome civil. No liceu publicou os seus primeiros poemas.


Em 1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prémio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1924 aparece pela Editorial Nascimento os seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, no que ainda se nota uma influência do modernismo.
Em 1927 começa a sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Nas suas múltiplas viagens conhece, em Buenos Aires, Federico Garcia Lorca e, em Barcelona, Rafael Alberti. Foi Cônsul do Chile em Espanha (1934-1938) e no México, eleito senador em 1945 e foi embaixador na França (1970).
As suas poesias da primeira fase são inspiradas por uma angústia altamente romântica. Passou por uma fase surrealista. Tornou-se marxista e revolucionário, sendo, primeiramente, a voz angustiada da República Espanhola e, depois, das revoluções latino-americanas.


Em outubro de 1971 recebeu o Nobel de Literatura. Após o prémio, Neruda é convidado por Salvador Allende para ler para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Chile.
Faleceu em Santiago (Chile) no dia 23 de setembro de 1973.
Postumamente foram publicadas as suas memórias em 1974, com o título Confesso que vivi .
Em 1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. No filme, que é uma obra de ficção, a ação foi transposta para Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos.

Pablo Neruda, poeta do amor


É assim que te quero, amor,

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Actividades na BE/CRE em 2010/2011



Relembrando algumas actividades realizadas na BE/CRE no ano lectivo de 2010/2011.