sábado, 21 de novembro de 2009

Filhos do coraçao

Uma Viagem ao ano 2044


MÁRIO ZAMBUJAL, Uma noite não são dias
Não gosta de computadores nem de telemóveis. A escrita segue-lhe o ritmo do pensamento e da emoção. Mas o último livro é uma caricatura e um alerta para um mundo onde as máquinas reinam.
Boa leitura!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009





Tabaco mata 6 milhões em 2010

Em 2020, este número vai aumentar para sete milhões e para oito milhões em 2030. Por cá, os números apontam para cerca de 12 mil mortes por ano provocadas pelo consumo de cigarros
O tabaco pode provocar a morte a seis milhões de pessoas em todo o mundo no próximo ano, de acordo com a Sociedade Americana de Cancro. Apesar da falta de estatísticas nacionais, os últimos dados apontam para cerca de 12 mil mortes por ano em Portugal, segundo Teles Araújo, do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.
Ainda assim, "o tabaco está mais controlado devido à nova lei", reconhece Ricardo da Luz, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).
O novo atlas do tabaco apresentado pelos especialistas norte-americanos estima também que o consumo de cigarros vai provocar sete milhões de mortes em 2020 e oito milhões em 2030. Números, que para o responsável da SPO, "não são alarmistas". Pelo contrário, "são dados muito reais do impacto do tabaco na saúde", defende Ricardo da Luz.
Os cigarros são a primeira causa prevenível de cancro. Até porque, um terço dos seis milhões de mortes previstas serão devido ao cancro.
Em Portugal, pensa-se que "11% dos fumadores desenvolvem cancro do pulmão", indica Ricardo da Luz. No total, as estatísticas apontam para que 20% da população seja fumadora.
Mas o cancro não é a única causa de morte dos fumadores. Também as doenças cardiovasculares e pulmonares foram tidas em conta no estudo mundial. Por isso, o presidente da SPO lembra que "não fumar é a primeira forma de evitar doenças".
O especialista considera ainda que os fumadores estão conscientes dos problemas de saúde associados ao tabaco. Porém, "têm uma certa tendência a esquecer isso, para não pensarem que são os responsáveis pelo próprio problema de saúde", acrescenta.
Conhecido o efeito dissuasor da aplicação da lei do tabaco, Ricardo da Luz refere que "é necessário que as leis sejam mais restritivas". Aliás, "tudo o que contribua para a diminuição do consumo de tabaco é fundamental", adianta.

Fonte: Diário de Notícias (27/09/2009)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A LENDA DE SÃO MARTINHO

terça-feira, 10 de novembro de 2009


Foi apresentado no dia 7 de Outubro de 2009, em várias escolas secundárias do País, o livro Jovens com Saúde - Diálogo com uma Geração, coordenado por Daniel Sampaio e Margarida Gaspar de Matos, com ilustrações de Eduardo Salavisa.

Com o objectivo de ajudar a construir um diálogo entre adultos, adolescentes e jovens, Jovens com Saúde – Diálogo com uma Geração aborda vários temas na área da saúde e bem-estar, entre os quais:
a sexualidade,
a alimentação,
o desporto,
o crescimento,
o sono,
o bullying e a toxicodependência.

Berlim, o muro

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Afinal o muro escondia muito mais...



20 anos da queda do Muro de Berlim
O fim da "grande batota" estatal imposta aos atletas



Com a queda do Muro de Berlim desmoronou-se também o doping de Estado, organizado e científico, massificado, que elevara a RDA (República Democrática Alemã) a uma das maiores potências desportivas mundiais, equiparada aos “gigantes” tradicionais, que eram os EUA (Estados Unidos da América) e a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Vinte anos depois do Outono em que o Muro foi derrubado, a força do Desporto germânico, juntando a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, não tem o “peso” da soma dos países que se juntaram na reunificação alemã, estando apenas em linha com os resultados que a RFA (República Federal Alemã) então conseguia.
Nos Jogos Olímpicos de Seul’88 - um ano antes da queda do Muro -, a RDA conquistava 102 medalhas e a RFA 40, somando ambas 142. Em Barcelona’92 a Alemanha unificada “descia” para 82 e em Pequim 2008 para 41.
Ou seja, toda a “herança desportiva” da RDA desaparecia e a “aberração” que era um pequeno país de 16 milhões de habitantes ter resultados ao nível dos maiores do Mundo passava a fazer parte da História do Desporto, sobretudo no capítulo do doping.
O “milagre” dos resultados da RDA foi construído ao mais alto nível pelo regime comunista e teve mesmo um nome de código, o Plano 14-25, envolvendo na sua execução a imensa rede da polícia política, a Stasi. Toda a estrutura política e científica trabalhou para o seu sucesso, desde meados dos anos 60 até 1989.
A ideia foi-se desenvolvendo na década de 60 - chegar aos Jogos Olímpicos de Munique’72 e derrotar a RFA, tornando os atletas verdadeiros “diplomatas de fato-de-treino” de um regime que procurava o reconhecimento mundial.
Os sucessos desses primeiros anos, nomeadamente na natação, levaram à institucionalização completa do doping na RDA, abarcando todos os atletas de elite que pudessem assegurar bons resultados internacionais, qualquer que fosse a modalidade.
Calcula-se que perto de 15 mil desportistas foram assim dopados na RDA, a maioria sem saber o que realmente estava a tomar, nem tão pouco os tremendos efeitos que isso ia provocar nos seus organismos.
No centro do programa estava a famacêutica VEB Jenapharm, de Iena, que produziu o Oral-Turinabol, o esteróide androgénico-anabólico que “revolucionou” o desporto feminino na década de 70. De aparência vulgar - simples comprimidos azuis -, era apresentado às jovens desportistas como suplemento alimentar, ou vitaminas, com a conivência dos treinadores.
Durante aproximadamente vinte anos, entre México’68 e Seul’88, o Mundo assistiu a sucessivas vitórias da RDA, tanto nos desportos colectivos como nas mais simbólicas modalidade olímpicas, como são a natação e o atletismo.
Foram 519 medalhas, das quais 192 de ouro - uma verdadeira máquina de conquistar medalhas, que cada vez mais deixava no ar a suspeição de um bem organizado esquema de dopagem.
Sabe-se agora que o mecanismo estava tão bem “oleado” que em vésperas de grandes competições era a própria RDA que testava os seus atletas, para saber quem poderia dar “positivo”. Esses, eram “convidados” a ficar em casa e apenas viajava quem estava em condições de ter testes “limpos”, numa época em que o controle era uma “pálida imagem” do que é hoje.
À medida que as “Wundermadchen”, as meninas-maravilha da natação envelheciam, a factura física apresentava-se, brutal. Esterilidade e impotência, cancro, insuficiência cardíaca ou hepática eram exemplos dos problemas dessas mulheres, todas elas altamente masculinizadas.
Algumas das campeãs da RDA foram negando terem sido vítimas desse doping de Estado, mas apareceram, em catadupa, os testemunhos, sendo o mais conhecido o de Rica Reinisch, tripla campeã olímpica.
No atletismo, o caso mais emblemático é Heidi Krieger, uma lançadora de peso a quem foram dadas doses sobre-humanas de testosterona - chegando ser-lhe administrado o dobro da quantidade do que um homem produz em 29 semanas.
Hoje, Krieger, campeã europeia dois anos antes da queda do Muro, chama-se Andreas (na foto), após mudança de sexo, e casou-se com uma antiga nadadora alemã, igualmente vítima do Plano 14-25.
E até há quem tenha conseguido retirar o seu nome da lista de recordes, como a velocista Ines Geipel, autora do livro “Jogos Perdidos”, feito a propósito das investigações públicas que foram feitas na Alemanha, já este século, e levaram à acusação do antigo ministro dos Desportos e do então director de Medicina Desportiva da RDA. Krieger, Reinisch e Geipel estão entre as 193 vítimas formalmente reconhecidas pelas autoridades alemãs. Uma pequena “gota” face ao total calculado, que será 50 vezes superior a esse número, com lesões em maior ou menor grau, tanto no corpo como na mente.
FB. Lusa

Goodbye Lenin!



Eis um fenómeno do mais recente cinema alemão, a conquistar posições (e popularidade) em vários mercados internacionais. E com todo o mérito. Isto porque «Adeus Lenine!» consegue abordar o fim do Muro de Berlim e a unificação política da Alemanha através de um ângulo tão insólito quanto envolvente. Ou seja: na Alemanha de Leste, uma militante socialista entra em coma poucos dias antes da queda do Muro; quando acorda, oito meses mais tarde, o filho, sabendo da dedicação da mãe à causa política, decide montar uma delirante encenação (de pessoas, objectos e situações) que faça com que a senhora continue a julgar que vive num país... onde nada se alterou.

Aquilo que começa por ser um dispositivo quase burlesco, acaba por evoluir para um drama irónico onde, afinal, todos testam a sua relação com a mentira. Servido por um elenco de notável qualidade (Katrin Sass é prodigiosa na composição da espantada figura da mãe), eis um filme que demonstra que há razões para acreditar num cinema europeu que, sem abdicar dos seus particularismos culturais e históricos, seja capaz de possuir um tocante apelo universal. A ter em conta: a excelente banda sonora de Yann Tiersen.

(in «DNmais», 20 Set. 2003)

20 Anos da Queda do Muro de Berlim



domingo, 8 de novembro de 2009

Queda do muro de Berlim




O COLAPSO DUM REGIME E A NATURAL CADA DO MURO

O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. O evento é conhecido como a queda do muro. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.
O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controlo de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strabe, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.
Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento, e os deputados espontaneamente cantaram o hino nacional da Alemanha.
Estima-se que na RDA 75 000 pessoas foram acusadas de serem
desertores da república. Desertar da república era um crime que, segundo o artigo 213 do código penal da RDA, era punido até 2 anos de prisão.

COLAPSO DO BLOCO SOVIÉTICO

A segunda potência mundial, a URSS enfrentou, nos anos 80 um conjunto de problemas de difícil solução. A governação de Brejnev provocara uma estagnação económica e deixara por explorar grande parte dos recursos da União Soviética. Os bens eram escassos e não satisfaziam a procura.
O investimento do estado soviético incidia no campo militar, sector essencial no contexto da Guerra Fria e deixava ao abandono uma indústria cada vez mais obsoleta.
Nos anos 80 perante o desmoronamento iminente da URSS, Mikhail Gorbatchev tentou evitar o colapso do regime comunista, procurando um entendimento com os Estados Unidos, diminuindo as perseguições políticas e modernizando o arcaico sector económico. Estava aberto o caminho para a queda do muro.