quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A casa-comboio, de Raquel Ochoa

O romance "A casa-comboio", que valeu o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luis a Raquel Ochoa, conta a história de uma família com origens portuguesas na Índia.
A escritora acompanhou Clara numa viagem àquele país asiático, à procura das suas raízes e não imaginava que se iria cruzar com a história real que deu origem ao livro. A obra conta a história da família Carcomo, que cruza as fronteiras de Portugal e da Índia.

Uma família indo-portuguesa. Um século de história. Quatro gerações que evocam 450 anos de aventura mítica, nos quais a Índia longínqua era portuguesa. Em pano de fundo, a partida, o acaso e a sorte de quem se vê constantemente obrigado a fazer as malas, o desenraizamento, a inquietação, o inesperado, a imprevisibilidade dos destinos que se cruzam. A imagem dada pelo título é elucidativa: uma casa em movimento. Uma beleza poética singular. Uma verdadeira revelação.

O enredo deste romance, explica o texto, “baseia-se na aventura de uma família indo-portuguesa, originária de Damão, que sobrevive e se adapta à turbulenta História mundial do último século, evocando uma saga nos tempos em que a Índia longínqua era portuguesa. Quatro gerações habitam Nagar-Aveli, Damão e, por fim, Lisboa. Uma casa é abandonada para sempre."


Jovens escritores portugueses - Raquel Ochoa


Raquel Ochoa nasceu em Lisboa em 1980. É licenciada em Direito mas é às viagens e à escrita que se tem dedicado. É repórter de viagens, tendo já colaborado com alguns jornais, e tem também um blog onde publica reportagens sobre os vários cantos do mundo: http://www.omundoleseaviajar.blogspot.com/.



Em 2008, publicou O Vento dos Outros, uma crónica de viagens à América do Sul, e Bana - Uma vida a cantar Cabo Verde, a biografia do cantor. Actualmente é formadora na “Escrever, Escrever”, uma escola de escrita criativa.
Em Dezembro de 2009, tornou-se na primeira vencedora do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o romance histórico, A Casa-Comboio. Este prémio, criado em 2008, pela Estoril Sol e destinado a obras inéditas de escritores com menos de 35 anos foi atribuído pela primeira vez este ano.

“A primeira vez que senti que devia, podia, escrever um livro foi com esta história. Consegui, passados uns anos, ter a coragem e a concentração para o fazer”, disse Raquel Ochoa, em declarações à Renascença.
Raquel Ochoa, que viu confirmada a sua paixão pela escrita com o prémio Revelação Agustina Bessa-Luis, interessa-se pelo tema da identidade e por viagens, físicas e literárias.
“Se, por algum motivo, nós não podemos viajar tanto como desejaríamos, temos ao nosso alcance formas de lá chegar e de conhecer. A literatura é, sem dúvida, uma delas. Eu tenho sempre uma premissa enquanto escrevo, um lema, que é 'possam os vossos olhos ver o que os meus olhos viram'”, disse a escritora Prémio Revelação Agustina Bessa-Luis.
As Velas Ardem até ao Fim, de Sándor Márai

Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...

Sándor Márai

SándorMárai nasceu em 1900, em Kassa, uma pequena cidade húngara que hoje pertence à Eslováquia. Passou um período de exílio voluntário na Alemanha e na França durante o regime de Horthy, nos anos 20, até que abandonou definitivamente o seu país em 1948, com a chegada do regime comunista, tendo emigrado para os Estados Unidos.
A subsequente proibição da sua obra na Hungria fez cair no esquecimento quem nesse momento era considerado um dos escritores mais importantes da literatura centro-europeia. Foi preciso esperar várias décadas, até à queda do regime comunista, para que este extraordinário escritor fosse redescoberto no seu país e no mundo inteiro. Sándor Márai suicidou-se em 1989, em San Diego, na Califórnia, poucos meses antes da queda do muro de Berlim.
De entre os seus romances destacam-se As Velas Ardem até ao Fim, A Herança de Eszter, A Mulher Certa, Rebeldes e Divórcio em Buda.

Paolo Giordano e A Solidão dos Números Primos

Paolo Giordano nasceu em Turim em 1982. Licenciou-se em Física na Universidade de Turim, onde ganhou uma bolsa de doutoramento em Física de Partículas. Vive em San Mauro.
A Solidão dos Números Primos, o primeiro romance do jovem escritor, tornou-se um best-seller em Itália, tendo-se vendido mais de um milhão de exemplares. O livro venceu a 62ª edição do Prémio Strega e obteve uma menção honrosa na edição de 2008 do Prémio Campiello, os dois prémios literários mais importantes de Itália. Foi vendido para 25 línguas diferentes e os direitos para adaptação ao cinema também já foram adquiridos.



A Solidão dos Números Primos

Alice é obrigada pelo pai a frequentar um curso de esqui para ser forte e competitiva, mas um acidente terrível deixará marcas no seu corpo para sempre.
Mattia é um menino muito inteligente cuja irmã gémea é deficiente. Quando são convidados para uma festa de anos, ele deixa-a sozinha num banco de jardim e nunca mais torna a vê-la. Estes dois episódios irreversíveis marcarão a vida de ambos para sempre. Quando estes "números primos" se encontram são como gémeos, que partilham uma dor muda que mais ninguém pode compreender.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011




CONCURSO NACIONAL DE LEITURA
2ª FASE


A realização da Fase Distrital terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro em Lisboa e será realizada em dois momentos:

5 e 6 de Abril – Prova escrita

9 de Abril – Prova oral (dirigida a 3 finalistas do 3.º Ciclo e 3 do Secundário)

Obras seleccionadas para a 2ª fase

ENSINO BÁSICO - 3.º Ciclo

Agustina Bessa-Luís, Vento, areia e amoras bravas, Guimarães Editores
Gonçalo M. Tavares, O senhor Valéry, Editorial Caminho

ENSINO SECUNDÁRIO

Sándor Márai, As velas ardem até ao fim, D. Quixote Editora
Raquel Ochôa, A casa-comboio, Editora Gradiva

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


Dia Europeu da Internet Segura - 8 de Fevereiro


Mais de 500 acções promovem utilização segura da Internet



No âmbito do Dia Europeu da Internet Segura, vão ser promovidas mais de 500 acções em todo país, destinadas a diversos grupos da população, entre jovens, crianças, idosos, pais, professores e pessoas com necessidades especiais, com o objectivo de informar a população sobre a utilização da Internet em segurança. Estas acções decorrerão até ao dia 18 de Fevereiro.


Coordenado pela UMIC, o projecto Internet Segura vai, a partir desta segunda-feira, chegar a diversos pontos do país, através da Rede de Espaços Internet e da Rede Solidária, totalizando mais de 500 acções, o dobro das realizadas no ano passado. Neste sentido, durante esta semana, as mais de 100 escolas inscritas no programa de sensibilização vão realizar diversos seminários e actividades, entre as quais o lançamento do concurso de produção de vídeos “É mais que um jogo. É a tua Vida”.
A população mais idosa poderá participar em diversas acções de formação e sessões de esclarecimento. A pensar nos jovens e crianças, vão desenvolver-se várias actividades, entre as quais sessões de esclarecimento para os perigos de uma má utilização da Internet, orientando-os para uma navegação segura. Pais e educadores estão também integrados no programa.
O projecto Internet Segura tem como missão combater os conteúdos ilegais da Internet, minimizar os seus efeitos nos cidadãos, promover uma utilização segura e consciencializar a sociedade para os riscos associados.

Dia Europeu da Internet Segura - 8 de Fevereiro


Mais de um terço dos internautas portugueses já foram vítimas de vírus


Mais de um terço dos internautas portugueses, 37 por cento, já foram vítimas de um ataque de um vírus informático. É um valor ligeiramente acima da média comunitária, de 31 por cento, revelam dados divulgados pela Comissão Europeia.

Por ocasião do «Dia da Internet Segura», que se assinala hoje, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, divulgou, esta segunda-feira, dados sobre a utilização da Internet na Europa, que revelam também que dois por cento dos portugueses (e três por cento dos europeus, em média) já sofreram perdas financeiras devido a ataques informáticos ou utilização fraudulenta de cartões de pagamento.

O inquérito revela que uma grande maioria dos utilizadores de Internet na UE, 84 por cento, utilizam algum tipo de software de protecção, como anti-vírus ou firewall, sendo esse valor ainda mais elevado em Portugal (86 por cento).