terça-feira, 4 de março de 2014

As origens do Carnaval

As origens do Carnaval
 

O Carnaval é uma festa que tem origens na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam os seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.
O Carnaval é uma festa móvel porque é indicado pelo domingo de Páscoa, também uma data comemorativa móvel para que não coincida com a páscoa dos judeus. Para saber em que dia cairá as duas festas, determina-se primeiro o equinócio da Primavera . O primeiro domingo após a lua cheia posterior ao equinócio da primavera é o domingo de Páscoa. Face a essa regra, o domingo de Carnaval cairá sempre no 7º domingo que antecede à Páscoa. A quaresma tem início na quarta feira de cinzas e como o próprio nome diz, tem duração de 40 dias.
O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.
Na Idade Média, predominavam nos festejos de Carnaval os jogos e disfarces. Em Roma havia corridas de cavalos, desfiles de carros alegóricos e divertimentos inocentes como lançar confetis pelas ruas. O baile de máscaras foi introduzido pelo papa Paulo II, no século XV, mas ganhou força e tradição no século seguinte, por causa do sucesso da Commedia dell'Arte. As mais famosas máscaras são as confeccionadas em Veneza e Florença, muito utilizadas pelas damas da nobreza no século XVIII como símbolo máximo da sedução.
O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo.
 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Concurso Nacional de Leitura - Fase Distrital
 
 
Informamos que foram selecionadas as seguintes obras de leitura obrigatória para a 2ª fase do Concurso Nacional de Leitura:
 
 
3º ciclo
Sonho de uma noite de verão de William Shakespeare / versão Hélia Correia. - Lisboa : Relógio D'Água, 2010. - 106 p. - (Teatro)
ISBN 972-708-757-4
O aprendiz de guerreiro / Margarida Fonseca Santos. – 1ª ed. - Lisboa : Presença, 2007. - 153, [2] p .
ISBN: 978-972-233-799-1
 


 
 
Ensino secundário
Debaixo de algum céu / Nuno Camarneiro. - 1ª ed. - Lisboa : Leya, 2013. - 199 p.
ISBN 978-989-660-239-0
O retorno / Dulce Maria Cardoso. - 1ª ed. - Lisboa : Tinta da China, 2012. - 267, [5] p.
ISBN 978-989-671-116-0

 




Estas obras irão estar disponíveis na BE/CRE para os alunos apurados para esta 2ª fase.
 
 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Dia de São Valentim
 
 
 
 


No âmbito das comemorações do Dia de São Valentim está patente na biblioteca uma exposição de trabalhos dos alunos de Francês e Inglês do ensino básico ( 3º ciclo) e de Inglês do ensino secundário. Os alunos do ensino básico elaboraram postais de São Valentim e cartazes, entre outros trabalhos, e os alunos do ensino secundário elaboraram trabalhos sobre casais de apaixonados na literatura, na história e no cinema.


 
 
Realizou-se também uma pequena exposição sobre obras da literatura universal onde o tema do amor desempenha um papel relevante.

Semana da Internet Segura
 
 
 
 
 
 
A Semana da Internet Mais Segura decorreu de 10 a 14 de fevereiro, associada ao tema ”Juntos vamos criar uma Internet melhor”. Esta semana foi marcada por várias iniciativas um pouco por todo o país e nomeadamente nas bibliotecas escolares promovendo uma reflexão sobre a utilização mais segura, inclusiva e mais responsável das tecnologias on-line e telefones móveis, especialmente, entre as crianças e jovens em todo o mundo.  
O Dia da Internet Segura comemorou-se no dia 11 de Fevereiro de 2014.
No âmbito destas comemorações a BE/CRE procurou envolver a comunidade educativa propondo a realização de atividades em sala de aula que incluiam jogos e debates e realizando sessões de reflexão com algumas turmas de 7º e 8º anos no espaço da BE/CRE com a colaboração da professora Paula Loureiro.
 
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Concurso Traduzir 2014


Realizou-se no dia 15 de janeiro pelas 10 horas na Biblioteca / Centro de Recursos Educativos da Escola Secundária Stuart Carvalhais mais uma edição do Concurso Traduzir, promovido pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, destinada a alunos do 11º e 12º anos do Ensino Secundário.
Participaram nesta 15ª edição do concurso, intitulado " Traduzir 2014",  22 alunos, que realizaram a prova de tradução para língua portuguesa de um texto em língua inglesa.
Esta atividade foi dinamizada pela Área Disciplinar de Inglês/ Alemão.
Parabéns a todos os participantes.






 

 
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Concurso Nacional de Leitura



Candidatos apurados


Realizou-se no dia 15 de janeiro a prova eliminatória relativa à 1ª fase do Concurso Nacional de Leitura a nível de escola, para o ensino básico e para o ensino secundário. 
Participaram nesta 1ª fase 34 alunos.

Foram apurados 5 candidatos finalistas ( 3 do ensino básico e 2 do ensino secundário) que  irão representar a escola na 2ª fase do concurso a nível distrital.

Parabéns a todos os participantes e aos vencedores!


Candidatos apurados do Ensino Básico:


1º lugar: Beatriz Fernandes Laranjeira, 8ºB - nº 5

2º lugar: Ana Sofia Brito, 7ºD - nº 3 
3º lugar: Inês de Jesus Oliveira, 8ºA - nº 19 

Candidatos apurados do Ensino Secundário:


1º lugar: Tiago dos Santos Carvalho, 11ºC - nº 27
2º lugar: Filomena Martins Raposo, 11ºI - nº 10








quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ondjaki recebe Prémio Saramago no mesmo dia em que publica um novo livro

 
O escritor Ondjaki recebeu hoje o Prémio José Saramago pelo romance "Os transparentes", no mesmo dia em que é publicado o seu novo livro, "Uma escuridão bonita".
O Prémio José Saramago é o segundo galardão que o escritor angolano recebe este ano, depois do Prémio Fundação Nacional do Livro Infantil, pela obra de ficção juvenil "A bicicleta que tinha bigodes", que lhe tinha já valido o Prémio Bissaya Barreto, no ano passado.
Ondjaki, pseudónimo literário de Ndalu de Almeida, é um termo da língua umbundu que significa "guerreiro". O autor estreou-se literariamente em 2000 com o livro de poesia "actu sanguíneu", que lhe valeu uma menção honrosa do Prémio António Jacinto, nesse mesmo ano.
Estudou em Luanda e concluiu licenciatura em socilogia em Lisboa. Fez doutoramento em "estudos africanos" (Itália, 2010).
Em 2000, obtém o segundo lugar no concurso literário António Jacinto realizado em Angola, e publica o primeiro livro, Actu Sanguíneu.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Alice Munro, prémio Nobel da Literatura 2013


 
 
Alice Munro, é uma escritora canadiana de contos, considerada uma das principais escritoras da atualidade em língua inglesa. É a grande vencedora do Prémio Nobel da Literatura 2013.

Alice Munro nasceu em Wingham, Ontário, a 10 de julho de 1931. Viveu primeiro numa quinta a oeste dessa zona, numa época de depressão económica. Munro reconheceu a influência na sua obra de grandes escritoras, como Katherine Anne Porter, Flannery O’Connor, Carson McCullers ou Eudora Welty, bem como de James Agee e especialmente William Maxwell. Os seus relatos centram-se nas relações humanas analisadas através da lente da vida quotidiana. Por isso, e pela sua qualidade, tem sido chamada "a Chekov do Canadá".
Foi por três vezes vencedora do prémio de ficção literária «Governor General's Literary Awards», do seu país. Em 1998, Alice Munro foi premiada pelo National Book Critics Circle dos Estados Unidos, pela obra "O amor de uma mulher generosa".
O galardão, no valor de oito milhões de coroas suecas (925 mil euros) foi anunciado pelo secretário da Academia de Ciências Sueca no histórico edifício da Bolsa, na baixa de Estocolmo.

Nos últimos 10 anos, o Nobel da Literatura distinguiu nomes como o chinês Mo Yan (2012), o sueco Tomas Tranströmer (2011), o peruano Mario Vargas Llosa (2010), a alemã de origem romena Herta Müller (2009), o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), a britânica Doris Lessing (2007), o turco Orhan Pamuk (2006), o britânico Harold Pinter (2005), a austríaca Elfriede Jelinek (2004) e o sul-africano J.M. Coetzee (2003).

 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

" O estrangeiro" ,de Albert Camus


”O Estrangeiro”, de Albert Camus

L'Étranger (em português O estrangeiro) é o mais famoso romance do escritor Albert Camus. A obra foi lançada em 1942, tendo sido traduzida em mais de quarenta línguas e recebido uma adaptação cinematográfica realizada porLuchino Visconti em 1967.Uma obra que marca a literatura do séc. XX e o pensamento de quem a lê. Decide-se aqui o destino de um homem que matou outro. Por causa do sol. Não há perdão nem arrependimento, só o absurdo.
Faz parte do "ciclo do absurdo" de Camus, trilogia composta de um romance (L'Étranger), um ensaio (Le mythe de Sisyphe - O mito de Sísifo) e de uma peça de teatro(Calígula) que descrevem o aspecto fundamental de sua filosofia : o absurdo. O romance foi traduzido em quarenta línguas e uma adaptação cinematográfica foi realizada por Luchino Visconti em 1967.

 

Mersault recebe a notícia da morte da mãe através de um telegrama: “Sua mãe falecida. Enterro amanhã. Sentidos pêsames.” Fica-lhe a dúvida se terá morrido naquele dia ou na véspera. Imediatamente nos dá conta de que pediu dois dias ao patrão e de que à má cara deste respondeu: “A culpa não é minha.”

O protagonista passa logo às questões práticas: pedir emprestados uma gravata preta e um fumo, almoçar e dirigir-se ao autocarro que o levará ao asilo onde a mãe residia. Dormiu durante quase toda a viagem. “Por agora, é um pouco como se a mãe não tivesse morrido. Depois do enterro, pelo contrário, será um caso arrumado e tudo passará a revestir-se de um ar mais oficial”, pensou, antes de viajar.

Um primeiro contacto desconcertante com uma personagem que nos irá perturbar até ao fim do livro. E para além dele

Completamente exterior às convenções e à moral vigentes, Mersault é um verdadeiro “estrangeiro” em qualquer organização social ou familiar. Cometerá um homicídio sem razão aparente que não a do calor excessivo na praia ou a da forte luz do sol que sobre ele incidia directamente quando disparou. Mersault não tem justificação para o crime nem para o resto. Nada do que faz é para ser explicado. Eis o absurdo da sua existência ou de qualquer outra.

Albert Camus (Nobel da Literatura em 1957) apresenta-nos assim uma personagem estranha, demasiado estranha até para si mesma. Porém, não se consegue deixar de gostar dela e desejar defendê-la quando todos a acusam e condenam. Mas não podemos, as nossas regras não são as dele. Para ele, tudo é permitido — “visto que Deus não existe e visto que se morre”.

O protagonista será julgado e condenado. Fica a dúvida se Mersault é sujeito à guilhotina pelo crime cometido ou por não ter chorado no funeral da mãe, por ter ido logo depois até à praia nadar, ter visto um filme cómico e ter feito amor com uma namorada recente. Não fez o que dele se esperava, essa é a sua grande culpa.

Centenário de Albert Camus - um visionário com o futuro interrompido

Camus, o mal-amado




Cem anos após o seu nascimento, em 7 de novembro de 1913, Albert Camus continua a ser um ícone da literatura francesa e mundial por seu pensamento visionário, sua sede de justiça e seu caminho excepcional. Hoje quase esquecido e pouco lido lutou contra todas as formas de totalitarismo e contribuiu com os seus romances, ensaios e peças de teatro para iluminar a condição humana num tempo de trevas morais.
Dos bairros operários de Argel ao prémio Nobel de Literatura aos 44 anos, este destino fora do comum foi tragicamente interrompido aos 46 anos por um acidente de carro em pleno centro da França, em 4 de janeiro de 1960.
Camus nasceu no bairro desfavorecido de Belcourt, em Argel. O pai, meio argelino, meio francês, foi morto na batalha de Marne, na 1ª Grande Guerra. A mãe, meio surda-muda, meio espanhola, era analfabeta e mal conseguia o sustento para o filho como criada. Camus cedo se revelou um estudante exemplar, ao receber, em 1924, uma bolsa de estudos para o Liceu de Argel. Aí permaneceu até 1932, fazendo parte das actividades atléticas escolares, que acabou por interromper ao contrair tuberculose inócua que lhe deixou mazelas para toda a vida.
A partir de 1935 ocupou vários postos de trabalho na capital e, depois de se filiar no Partido Comunista, conseguiu licenciar-se em Filosofia pela Universidade de Argel, em 1936. Partiu então pela primeira vez rumo à Europa, na esperança de melhorar a sua condição pulmonar, agravada pelos sopros arenosos e abrasadores do deserto do Sara.
Em 1937 publicou o seu primeiro livro, uma colectânea de ensaios com o título L'Envers Et L'Endroit (O Avesso e o Direito). No ano seguinte passou a trabalhar como jornalista no Alger Républicain, chegando a fazer uma reportagem detalhada sobre a condição dos muçulmanos da região de Cábila, que lhe valeu as atenções do público e das autoridades governamentais.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Camus publicou Noces (1939), uma colectânea de ensaios que reflectiam o estado de espírito consequente ao seu divórcio de Simone Hié, morfinómana com quem havia casado alguns anos antes.
Juntou-se ao movimento da Resistência Francesa e, em 1942, publicou um dos seus romances mais conhecidos, L'Étranger (O Estrangeiro), obra que havia começado a compor na Argélia antes do começo da guerra, e que dava início ao estudo do absurdo, constante no seu trabalho, e que representava a prova aparente, segundo Camus, da não existência de Deus. Também em 1942 apareceu o ensaio filosófico Le Mythe de Sisyphe: Essai Sur L'Absurde (O Mito de Sísifo), em que ajuntava o conceito do suicídio ao marasmo do absurdo (termo que havia de caracterizar a problemática existencial de toda uma geração de autores e pensadores) da vida.
Em 1943, juntamente com Jean-Paul Sartre, fundou o jornal de esquerda Combat, de que foi editor até 1947, ano em que publicou o seu terceiro romance, com o título La Peste (A Peste), uma alegoria à ocupação da França pelos Nacional-Socialistas em que os comportamentos humanos em situações extremas são cuidadosamente analisados. Rompendo pouco tempo depois com Jean-Paul Sartre, líder da corrente existencialista, Camus publicou L'Homme Revolté (1951, O Homem Revoltado), colectânea de ensaios dedicados à génese histórica do Ateísmo. La Chute (1956, A Queda) retoma pela narrativa a problemática da justiça humana, sempre em torno da célebre frase de Dostoievski: " Se Deus não existisse, tudo seria permitido".
Com cerca de oito milhões de exemplares vendidos, "O Estrangeiro", seu primeiro romance publicado em 1942 e traduzido em mais de quarenta línguas, é seu best-seller absoluto.

"A peste" vendeu quatro milhões de exemplares e as vendas de todos os seus livros publicados aumentaram em 4,5% entre 2008 e 2012, segundo a editora do escritor, Gallimard, que considera ser ele "certamente o escritor francês do século XX mais conhecido, mais citado e mais traduzido no exterior", com uma obra composta por mais de 30 publicações, incluindo peças teatrais.