segunda-feira, 9 de março de 2009

ENCONTRO COM O ESCRITOR AUGUSTO CARLOS

O ESCRITOR, AUGUSTO CARLOS, NA NOSSA BIBLIOTECA...

No dia 10 de Março, pelas 16.30 horas, estará na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos, o escritor Augusto Carlos.
O percurso literário de Augusto Carlos é composto por histórias e contos africanos sempre com emoções e pessoas dentro...


Em "Mar Imenso", o escritor pretende mostrar como, através da evolução histórica e civilizacional, é possível encarar acontecimentos trágicos do passado como uma lição de aprendizagem para o futuro e, assim, atingir o amor e a fraternidade entre as culturas.
“Mar Imenso” é um romance que parte do particular para o geral. As duas personagens principais, – o Dr. Afonso Makaring, descendente do régulo de Gaza e representante de uma dinastia imperial que personifica o moçambicano enraizado no passado e Aboim Raposo, homem que marca a ligação portuguesa a África –, revisitam a história das suas vidas, que se confunde, em parte, com a História do próprio país.”

As micaias espinhosas… com suas flores delicadas

“Por vezes, para descontrair, fazia sozinho longos passeios pelo vale. Deleitava-se apreciando as micaias espinhosas com suas flores delicadas de tom amarelado, exalando suave perfume de fazer inveja às rosas. Adorava a estética das suas copas achatadas encimando o tronco masculino e rugoso. Dele derivavam elegantes ramos em direcção à rendilhada folhagem verde-clara. Era impressionante observar como a Natureza tinha conseguido o equilíbrio perfeito entre tronco rude provido de espinhos - no entanto, elegante: ramos também repletos de espinhos protectores a condizerem com o tronco; folhagem frágil e flor de delicadeza indescritível, com peso de pluma. Típica árvore da tela africana, saída da paleta do Criador.”


A vida repleta de encruzilhadas…

Em “O Caroço da Manga”, a vida assusta e empurra o protagonista a encontrar-se.Vivera sempre intimidado por um sentimento difícil de caracterizar,mas que o impedia de fruir naturalmente das coisas simples da vida, como se nada nem ninguém o pudesse demover da rigidez espartana que o invadia. Uma tensão permanente, uma desconfiança ilimitada nos outros, um medo de se libertar das correntes inibidoras que lhe sugavam a vida paulatinamente… Toda esta inquietação o conduz a um velho homem que vê em Zé Manuel a luz que ele próprio nunca pressentira em si…

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