terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto


Há sinais à nossa volta que nos relembram dos perigos de esquecer”, afirma o Secretário Geral da ONU Ban Ki-Moon num artigo publicado hoje, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Celebra-se, esta terça-feira, 27 de janeiro, o Dia Internacional da Memória do Holocausto, instituído em 2005 por uma resolução das Nações Unidas e adotado pela União Europeia, no mesmo ano.

A jornada, que recorda igualmente outros genicídios – Bósnia, Cambodja e Ruanda – coincide com a data da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, há exatamente 70 anos. 
A primeira cerimónia de homenagem aos cerca de 6 milhões de judeus mortos nos campos de concentração nazis foi organizada meses após o fim da II Guerra Mundial, a 28 de Dezembro de 1949. Um ano e meio após a criação do estado israelita, centenas de restos mortais de judeus eram removidos do campo de concentração de Flossenburg, nos arredores de Munique, para um cemitério em Jerusalém. Dois anos depois, o parlamento israelita declarava o dia 27 do mês de Nisan (em maio, dependente do calendário religioso) como o dia nacional da memória do Holocausto.
Em 1953, Israel criava o memorial Yad Vashem – memorial das vítimas do Holocausto – dedicado a homenagear e documentar a história dos judeus exterminados durante a II Guerra Mundial. O memorial publicou esta semana, num gesto de reconciliação, uma lista de muçulmanos que salvaram judeus durante o Holocausto:
  
O dia internacional é assinalado todos os anos com várias celebrações na Europa, que recordam igualmente as outras vítimas dos campos de extermínio nazi, como os homossexuais, as pessoas deficientes, a comunidade cigana ou as centenas de opositores políticos. 
Na Polónia, desde 1998, centenas de pessoas participam numa “marcha dos sobreviventes” de Auschwitz a Birkenau. Mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, faleceram neste campo entre 1940 e 1945. 
Na Alemanha, as celebrações deste ano são marcadas por uma sondagem publicada pela Fundação Bertelsmann que indica que 80% dos alemães querem “virar a página” sobre a data histórica e que preferem que os governantes do país se concentrem em “temas atuais”. 
A II guerra mundial teve um impacto terrível entre os judeus europeus. Segundo o Museu do Holocausto dos Estados Unidos, cerca de 9,5 milhões de judeus viviam na Europa em 1933, contra apenas 3,5 milhões, em 1950, após o final do conflito mundial.

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