terça-feira, 17 de novembro de 2009





Tabaco mata 6 milhões em 2010

Em 2020, este número vai aumentar para sete milhões e para oito milhões em 2030. Por cá, os números apontam para cerca de 12 mil mortes por ano provocadas pelo consumo de cigarros
O tabaco pode provocar a morte a seis milhões de pessoas em todo o mundo no próximo ano, de acordo com a Sociedade Americana de Cancro. Apesar da falta de estatísticas nacionais, os últimos dados apontam para cerca de 12 mil mortes por ano em Portugal, segundo Teles Araújo, do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.
Ainda assim, "o tabaco está mais controlado devido à nova lei", reconhece Ricardo da Luz, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).
O novo atlas do tabaco apresentado pelos especialistas norte-americanos estima também que o consumo de cigarros vai provocar sete milhões de mortes em 2020 e oito milhões em 2030. Números, que para o responsável da SPO, "não são alarmistas". Pelo contrário, "são dados muito reais do impacto do tabaco na saúde", defende Ricardo da Luz.
Os cigarros são a primeira causa prevenível de cancro. Até porque, um terço dos seis milhões de mortes previstas serão devido ao cancro.
Em Portugal, pensa-se que "11% dos fumadores desenvolvem cancro do pulmão", indica Ricardo da Luz. No total, as estatísticas apontam para que 20% da população seja fumadora.
Mas o cancro não é a única causa de morte dos fumadores. Também as doenças cardiovasculares e pulmonares foram tidas em conta no estudo mundial. Por isso, o presidente da SPO lembra que "não fumar é a primeira forma de evitar doenças".
O especialista considera ainda que os fumadores estão conscientes dos problemas de saúde associados ao tabaco. Porém, "têm uma certa tendência a esquecer isso, para não pensarem que são os responsáveis pelo próprio problema de saúde", acrescenta.
Conhecido o efeito dissuasor da aplicação da lei do tabaco, Ricardo da Luz refere que "é necessário que as leis sejam mais restritivas". Aliás, "tudo o que contribua para a diminuição do consumo de tabaco é fundamental", adianta.

Fonte: Diário de Notícias (27/09/2009)

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