Plano Nacional de Leitura
O Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares correspondem aos esforços institucionais levados a cabo nos últimos anos com o desiderato de se elevarem os hábitos de leitura e os níveis de literacia, sendo que as práticas de todos os intervenientes neste processo devem convergir neste sentido.
Verifica-se que foram disponibilizados enormes recursos físicos, realizando-se intervenções de fundo em alguns espaços permitindo a criação/instalação da casa da sabedoria na esmagadora maioria das escolas a nível nacional. Derrubaram-se muros, colocaram-se estantes, novos equipamentos foram chegando e assumindo os seus lugares, com os alunos a poderem consultar/trabalhar em computadores ou optar por visionar filmes, documentários…, consultar revistas e jornais de referência, escolher o espaço destinado ao estudo ou ao trabalho em pequenos grupos bem como outros espaços destinados à consulta e leitura recreativa e lúdica. Deparamo-nos com um espaço acolhedor e confortável, disponível desde o início das actividades lectivas até ao seu encerramento, contando com um funcionário permanente, uma professora responsável pelo projecto e o apoio de outros docentes que aí cumprem a sua componente não lectiva.
Conscientes da importância da leitura, da educação na leitura, não só da que consta nos programas, mas também daquela que permite a livre navegação de acordo com a experiência e a motivação de cada leitor e, fundamentalmente, do que a leitura representa na formação individual de cada jovem, enquanto construtor das suas aprendizagens, consideramos que para atingir tal desiderato, é necessário ler muito e começar a ler muito cedo, pois, só assim se adquire destreza e rapidez, condições para se ser um bom leitor. Sublinhamos que compete aos professores de português ensinar a ler bem e a formar leitores autónomos e competentes, contribuindo desta forma para a aquisição de competências básicas transversais que advêm da leitura.
Sabemos que ler às crianças desde os primeiros anos, é ajudá-las a crescer tanto a nível intelectual como a nível da compreensão do mundo. Citando o professor Dr Carlos Ceia “somos o que lemos. Quem nunca leu ou quem leu muito pouco, não conhece nem o mundo em que vive nem os mundos em que podemos sonhar”. Ler é, pois, “um remédio santo para a mais completa das doenças que é a solidão”.
Finalmente, sublinhamos a importância da leitura, enquanto domínio potenciador de condições para o desenvolvimento global harmonioso da personalidade dos nossos jovens, mediante a descoberta progressiva de interesses, aptidões e capacidades que proporcionem uma formação pessoal, na sua dupla dimensão individual e humana; proporcionando-lhes aquisições e domínios de saber, instrumentos e capacidades, atitudes e valores indispensáveis a uma escolha esclarecida das vias escolares ou profissionais a seguir; ajudando-os a desenvolver valores, atitudes e práticas que contribuam para a afirmação de cidadãos conscientes e participativos numa sociedade democrática.
Prof. F. Almeida
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